quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ESCRITAS ALEATÓRIAS - Perca um minuto... Mas não perca a vida.

Aquele monte de listras brancas, paralelas, que ficam nas esquinas, indo de um lado a outro da calçada chama-se faixa de pedestres, certo?
Então, por que existe gente que insiste em atravessar a rua fora dela?
Pior: por que há pessoas que atravessam a rua a poucos metros de onde há uma faixa de pedestre?
E esse comportamento imbecil de algumas (muitas) pessoas não é privilégio só de grandes cidades não.
Quem mora em São Paulo já deve ter visto: quantas pessoas atravessam a Avenida Paulista pelo meio do quarteirão? No Rio, quantos atravessam a Avenida Atlântica assim? Campinas, Recife, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Bauru, Santos, Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa... Em qualquer cidade, há exemplos disso, inclusive Caxias do Sul, cidade onde o Grupo TRJ atua.
E os ônibus? Eles param no ponto no meio do quarteirão. O pedestre passa pela frente dele, enfia a cara pra ver se vem carro e atravessa.
Aí vem um carro, cujo motorista não está esperando aquela “aparição” em sua frente e pisa fundo no freio para evitar o choque – quando evita - correndo o risco de ser colidido pelo carro que vem atrás dele.
Aí o pedestre é atropelado e, se tiver a sorte de não se machucar, além de destruir o carro, ainda sai dizendo que o motorista “vinha correndo”.
Eu queria saber o que aconteceria se esse tipo de pedestre pudesse ser multado também quando fizesse uma “cagada” destas.
O Código Brasileiro de Trânsito, de 1998, se não me engano (se eu estiver errado, por favor, leitores, corrijam-me) previa alguma coisa neste sentido, mas faltava uma definição melhor deste tipo de punição e regulamentação.
Eu só sei que já estou cansado de ler notícias de atropelamentos de pessoas que atravessaram a rua fora da faixa de pedestres. E, sinceramente, espero não ser eu o próximo pedestre ou motorista a ter meu nome nos jornais e na TV, ou pior, nos registros de óbito.
Josias Silveira da Silva

ESCRITAS ALEATÓRIAS - Tirando um tempo para pensar

          “Tempo! Só queremos tempo, tempo, tempo… Queixamo-nos sempre de falta de tempo, falamos em perder tempo, ganhar tempo, pedir tempo… Bem que já era “tempo” de mudar e aproveitarmos melhor.” Retirado do blog no limiar das palavras.

          Não controlamos o tempo, o tempo é que controla a nós.

          Acordamos de manha, cheios de pressa para ir para a escola ou para o emprego, mas, quando lá chegamos, estamos sempre impacientes para que chegue a hora de sair. Outra coisa irônica é o fato de o tempo ser pouco, mas contamos mais tempo que dinheiro.

          Quem me visse a escrever isto agora, certamente, diria que já era muito tarde, que andei a perder tempo, este tempo todo, e que já não havia volta a dar. Mas a vida é como um relógio está sempre a girar e, ora estamos em cima, ora estamos em baixo e aquilo que nos falta é descobrir o “timing” certo para parar o relógio.

          Contudo, o que me faz mais confusão é o fato de o tempo ser uma coisa tão imaginária e relativa, mas ao mesmo tempo tão importante. Ora vejamos, eu pergunto as horas a alguém e essa pessoa olha para o relógio e vê 12:03, mas, naturalmente, vai-me dizer que é 12:05 e eu, naturalmente, registro como sendo 12:05. E agora? Vão existir dois tempos? E se existir só um, qual é que está certo?

          É por isso que eu digo que o tempo não existe e, se existe, não é para ser contado.

          Vivemos numa sociedade completamente drogada com o tempo, vemos tempo, ouvimos tempo, sentimos tempo. Se esta tendência não mudar vamos todos enlouquecer, com o tempo. Mas penso que a solução para isso é como o tema do meu texto, pode demorar, mas vai chegar, é tudo uma questão de tempo.

Por Josias Silveira da Silva
Caxias do Sul – Brasil
10/08/2009